Tecnologias

SELEÇÃO DAS AVES

Seleção das aves
Entre as principais atividades de manejo realizadas a G3 Agroavícola preocupada no desenvolvimento de lotes com melhores resultados zootécnicos, no que diz respeito à obtenção de aves que atendam os padrões de uniformidade, foi adotada a automação dos nossos processos de pesagem de 100% das aves nas fases de cria e recria e de pesagens amostrais em todas as fases de criação, com a utilização das balanças da Peso Exato. Permito por vez uma maior assertividade na busca das metas e controle dos indicadores zootécnicos, sabendo que lotes dentro dos padrões determinados pelas linhagens genéticas, tendem a apresentar melhores resultados em produtividade e consequentemente maior qualidade dos ovos férteis.

VACINAÇÃO

vacinação frangos

Frente aos grandes desafios sanitários existentes na avicultura industrial, os processos de vacinação, tem se destacado como ferramentas fundamentais dos programas de biosseguridade. O uso de vacinas como medida preventiva tem se tornado a melhor alternativa para garantir a produção de lotes saudáveis.

Preocupado com a garantia da sanidade de nossos planteis e principalmente da progênie, nosso programa de vacinação contempla as principais enfermidades, que em sua maioria são responsáveis por causar grandes percas econômicas na cadeia produtiva da avicultura de corte, atuando assim na redução de prejuízos.

Em busca de melhores resultados contamos com o desenvolvimento de ações sanitárias desempenhadas pela equipe de médicos veterinários, que vão desde o monitoramento por meio de programas de análises sorológicas das matrizes e progênies, para avaliar possíveis desafios e a validação das respostas vacinais, como análises de pesquisa e isolamento de possíveis agentes causadores de enfermidade aliado as medidas de educação continuada por meio da capacitação das equipes e monitoramento dos processos.

Visando garantir a padronização e o monitoramento da qualidade dos nossos processos e programas vacinais, a G3 Agroavícola realizou a adoção em 100% de seus planteis a utilização das vacinadoras desenvolvidas pela PHI-TECH, que tem como principal objetivo promover administração de dosagens precisas, garantindo a vacinação adequada com controle de qualidade em tempo real bem como a rastreabilidade de todo processo, permitindo planteis com melhores respostas vacinais e consequentemente maior transmissão de anticorpos para os pintainhos, permitindo maior resistência a campo frente aos desafios.

INCUBATÓRIO - NOÇÕES GERAIS

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O incubatório é um ambiente importante do setor avícola e tem como objetivo desenvolver biologicamente pintos de um dia a partir dos ovos férteis, neste contexto, sabe-se que a qualidade do pinto está diretamente relacionada com a qualidade do ovo que foi incubado.

O acesso à estrutura do incubatório deve ser controlado, evitado quanto à terceiros e estar de acordo com a biosseguridade, termo que trata de todas as ações que tem por propósito reduzir ou eliminar o desenvolvimento de micro-organismos (bactérias, fungos, vírus etc.).

Tendo em vista que aspectos relacionados à incubação podem influenciar o desempenho dos pintos de um dia no campo, é primordial que haja, tanto na granja de matrizes quanto no incubatório, condições adequadas de biosseguridade que visem a sanidade dos ovos, bem como um manejo adequado desde a recepção destes ovos, padronização dos processos subsequentes e aplicação de controles específicos até a expedição, em toda sequência que envolve a incubação ou venda de ovos férteis.

Para atender os requisitos da Biosseguridade, podemos aplicar algumas estratégias, como por exemplo: padrão do banho realizado pelos funcionários na entrada com o início do expediente, programações de limpeza e desinfecção com diluição padronizada de produtos químicos interna e externa ao prédio e anexos, desinfecção na entrada de veículos inclusive, assim como, todos os objetos que adentram ao incubatório devem ser submetidos à processos de desinfecção a seco ou úmido, com utilização de produtos químicos com ação bactericida, fungicida e viricida.

Ao adentrarmos ao incubatório é importante o estabelecimento de fluxo de biosseguridade para que o acesso ocorra das áreas com menor risco até as áreas com maior risco de contaminação e nunca retroceder neste sentido. Para fins de controle, plaqueamentos de exposição para pesquisa de colônias de fungos ou bactérias nos diferentes ambientes objetivam a identificação de locais críticos, quanto à limpeza e desinfecção, bem como para validação de eficiência de produtos e processos que envolvem a diluição, tempo e manejo da limpeza, tais estratégias, trazem segurança no controle microbiológico à atividade de incubação e venda de ovos férteis

MANEJO DO OVO INCUBÁVEL

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Sala de ovos – Recepção dos ovos da granja de matrizes, Classificação, Identificação e Destino

Os incubatórios, recebem lotes das granjas e procedem à conferência de quantidades, lotes e categorias enviadas pela granja com o acompanhamento via romaneio de descrição da carga, seguindo com o armazenamento e identificação na sala de ovos, garantindo desta maneira, o início da rastreabilidade no incubatório, para conservação eficiente dos ovos férteis a sala de ovos deve estar na temperatura de 19 a 21°C.

A formação de cargas de ovos férteis para expedição para clientes, se deve pelo processamento dos ovos  na máquina classificadora com o objetivo de triagem e seleção quanto ao controle qualidade e categorização por peso, para tanto quanto ao peso, duas categorias são utilizadas:

  • T1 – Ovos entre 61 gramas e 82 gramas

  • T2 – Ovos entre 49 gramas e 60 gramas

Ovos com peso abaixo de 49 gramas são retirados do sistema e identificados como industriais e ovos com peso acima de 82 gramas são retirados do sistema como ovos extra, isto é, a classificação segue às exigências de peso e como consequência, ovos mais uniformes em tamanho e quanto à qualidade de forma visual, pois são retirados ovos: Deformados; trincados; furados; sujos; casca fina; com mancha de sangue, entre outras inconformidades.

A classificação deve contemplar a preparação dos ovos férteis para expedição, onde é determinada a rastreabilidade pela identificação dos lotes, data de produção e peso dos ovos nas caixas de papelão, (T1  ou T2); para a incubação interna com os mesmos critérios de peso, os carros de incubação ou estantes devem ser preenchidos com os ovos devidamente classificados, acompanhados da identificação com as informações (lote; peso do ovo T1 ou T2; data de produção; data que devem ser incubados e transferidos, bem como a assinatura dos responsáveis pelo processamento e  da estante/carro de incubação.

INCUBAÇÃO DOS OVOS

incubação dos ovos

Com o processamento dos ovos na sala, para evitar o aumento brusco da temperatura dos ovos bem como, a condensação que pode ocorrer na casca, os ovos devem ser removidos da sala e preaquecidos em ambiente para tal finalidade (até a temperatura desejada 24 a 27°C, isto é, a temperatura mais próxima da máquina incubadora), o ideal é que seja fornecido de 6 a 12 horas de preaquecimento.

Alguns fatores influenciam o tempo total da incubação como: temperatura fornecida pela máquina, idade dos ovos (armazenamento) e tamanho do ovo (quanto maior o ovo, maior temperatura necessita), a incubação contempla cerca de 90% do tempo em processo, aproximadamente 19 dias.

  Algumas condições básicas o ambiente de incubação deve fornecer, como: temperatura, viragem, umidade e troca adequada dos gases. De forma sistemática, podemos diferenciar a utilização das máquinas em categorias:

  • Estágio múltiplo (Carros de incubação)

  • Estágio único (Carros de incubação)

  • Prateleira fixa de estágio múltiplo

 

Desta maneira, as condições fornecidas pela máquina, mimetizam a fisiologia das aves na natureza, de forma sistematizada, assim, as condições básicas são:

  • Ventilação – A máquina incubadora realiza a captação de ar do ambiente externo e também realiza a remoção do ar, quando há saturação de CO² e de calor, então para a regulação é utilizado o parâmetro de umidade relativa, no qual é preciso que haja certa umidificação no volume de ar presente na máquina para que neste equilíbrio, haja o fornecimento da temperatura correta para os ovos (24 a 27°C) em constância entre o ar que entra e o ar que é removido.

  • Controle de temperatura – Este é um parâmetro que determina a aceleração metabólica e consequentemente o desenvolvimento embrionário. Em máquinas de estágio múltiplo por exemplo, a temperatura deve ser mantida em constância para melhores resultados, no entanto, deve-se atentar para a correta distribuição das cargas pois há influência de pontos de microclimas que podem gerar resultados negativos devido à ausência de uniformidade na temperatura em distribuição.

  • Umidade – Ótimos resultados nos nascimentos são atingidos quando há perda de aproximadamente 12% da umidade dos ovos entre a incubação e o 18º dia de incubação, este processo ocorre naturalmente devido à presença de poros na casca dos ovos. Portanto, a umidade relativa fornecida pela condição de programação da máquina também exerce influência na perda de umidade dos ovos.

  • Viragem – Este processo favorece o desenvolvimento embrionário no desenvolvimento das membranas, elimina as aderências embrionárias à casca e também auxilia no ambiente interno da máquina pois favorece a circulação do ar e diminuição da temperatura.

TRANSFERÊNCIA

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Entre os 18 e 19 dias ocorre o processo da troca de bandejas, com o objetivo de acomodar os pintos nascidos e reter na bandeja os resíduos do nascimento, permitindo desta maneira, mais espaço e uma contenção perfeita entre os lotes nascidos, esta atividade conduz os ovos até o nascimento e finalizar a operação em 21 dias, contemplando incubação, transferência e nascimento. A rastreabilidade continua até o final do processamento na sala de pintos.

No início da transferência, os ovos seguem da máquina incubadora até a sala de vacinação onde as bandejas são encaixadas na máquina vacinadora e conduzidas até a perfuração acoplada à injeção da vacina contra doença de Marek.

Para processos que isentam a máquina vacinadora, a transferência se dá pela troca das bandejas que acondicionam os ovos e carros dos nascedouros ou remanejamento dos ovos para prateleiras do nascedouro, prosseguindo até os 21 dias, onde posteriormente os pintos são vacinados por via subcutânea contra doença de Marek.

Para os dois processos é de máxima importância se fazer amostragem para localização da perfuração que é identificada com o corante adicionado à vacina e diluente em cada dia de transferência ou nascimento.

NASCIMENTO - MANEJO NOS NASCEDOUROS

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As condições de umidade e ventilação no nascedouro são semelhantes aos parâmetros das incubadoras, no entanto, da transferência até as primeiras bicagens a umidade deve ser mantida nos níveis que garantam maleabilidade às membranas. Naturalmente com o avançar das bicagens na fase final do nascimento, a umidade se eleva e pode ser notada pelo termômetro de bulbo úmido interno ao nascedouro, portanto, há necessidade de manejar a abertura do damper no auxílio da manutenção da umidade até o momento que cessam as eclosões para ocorrer a secagem da penugem dos pintos e atenção neste intervalo de tempo para não ocorrer desidratação dos lotes na máquina, para tanto, utiliza-se uma ferramenta denominada janela de nascimento, que trata-se da contagem de pintos nascidos da transferência até a retirada dos carros em etapas definidas. Em seguida, é realizada a remoção dos carros com as bandejas que acomodam os pintos nascidos.

PROCESSAMENTO NA SALA DE PINTOS

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Os carros são conduzidos do nascedouro até a sala de processamento de pintos, onde os pintos são removidos da bandeja que contém cascas dos ovos e resíduos do nascimento, no mesmo momento são contados e classificados entre pintos de primeira qualidade ou segunda qualidade, os critérios se baseiam nas conformidades ou inconformidades avaliadas nas patas, umbigo, presença ou ausência de resíduos de gema, entre outros.

Posteriormente, os pintos são colocados em caixas plásticas específicas para transporte; alguns processos podem ser adicionados a critério das demandas de mercado, como por exemplo: a vacinação spray que é solicitada de acordo com as necessidades específicas de cada cliente, de forma personalizada e a sexagem que se define pela identificação via asa e separação dos pintos em machos e fêmeas. Estas caixas de transporte são empilhadas e identificadas com as mesmas informações que advém da sala de ovos até o nascedouro com lote e tamanho (T1 ou T2), adicionando-se a identificação do cliente ao qual a carga será destinada.

A sala de processamento deve fornecer uma temperatura próxima dos 23° C e umidade relativa do ar dos 65 a 70% este controle possui importância pois as condições estressantes correlacionadas a estes parâmetros influenciam na qualidade dos pintos, causando por exemplo, uma desidratação. Assegurando-se a perfeitas condições de limpeza, desinfecção e funcionamento do caminhão climatizado, as caixas são colocadas nas estantes do caminhão que deve ter controle de temperatura para não ultrapassar 30°C, na ordem de separação entre tamanhos e lotes, de forma que venha a facilitar o descarregamento na granja solicitante, ao fechamento do caminhão o mesmo deve ser lacrado, e este lacre somente pode ser rompido imediatamente ao descarregamento no destino.

CONCLUSÕES

O incubatório é um centro de processamento de ovos férteis e pintos de um dia que tem como objetivo, a expedição de ovos férteis selecionados, classificados em padrões de uniformidade e produzir os pintos de um dia, utilizando-se o máximo de performance operacional e tecnológica na rotina diária, que a partir da padronização dos processos e acompanhamento se torna possível obter como resultado: a uniformidade de peso do pinto de corte, qualidade na seleção em parâmetros ideais de conformidade corporal e desenvolvimento no campo, respeitando o bem estar animal em todas as fases do processo.